tag:blogger.com,1999:blog-47335699411905905072023-06-20T05:58:38.059-07:00Conto(s) do SobolewskiLer e escrever nos faz crescer.
Contos e Pensamentos.Jeferson Luiz Sobolewskihttp://www.blogger.com/profile/07641442716880841017noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-4733569941190590507.post-88142439583840522962012-02-07T10:14:00.001-08:002012-02-07T10:14:57.512-08:00Quando<div class="MsoNormal">Quando eu me for, não quero tristeza, somente a alegria das boas lembranças...<o:p></o:p></div>Jeferson Luiz Sobolewskihttp://www.blogger.com/profile/07641442716880841017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4733569941190590507.post-30698073884930285312010-02-28T18:20:00.000-08:002010-02-28T18:34:19.245-08:00HojeHoje a lua está cheia, as cores ao seu redor são ofuscadas por algumas nuvens a sua frente, a noite ainda está tranqüila e a mata que circunda a cidade continua imersa no silêncio.<br />
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Já são 22h00min, o silêncio da mata agora abraça a cidade, não é necessário sirene e nem outro tipo qualquer de toque de recolher, portas e janelas trancadas, ninguém nas ruas.<br />
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23h43min, uma neblina incomum para a região e época cobre a cidade, observo tudo em silêncio do alto da minha casa.<br />
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23h50min, meus membros estão doloridos, meus sentidos se aguçam, perco a consciência...<br />
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Não sei mais que horas são não sei como vim parar aqui...<br />
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Preciso me recompor, esgueirando-me pelas ruas escuras retorno para casa, estou sem as chaves...<br />
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Entro pelo telhado, vou para o banheiro, retiro o sangue que há em mim...<br />
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Seco meu corpo, trato dos ferimentos, deito-me sem saber o dia de amanhã, sem saber se haverá outra, ou se serei eu a próxima vitima.Jeferson Luiz Sobolewskihttp://www.blogger.com/profile/07641442716880841017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4733569941190590507.post-89157405128690263122010-01-28T11:39:00.001-08:002010-01-28T11:39:15.121-08:00Ainda estou aqui!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Aqui estou atormentado e atormentando, não tenho descanso e não deixo descansar, fui, sou e sempre serei essa alma vagando, não tive escolha, fiz o que fiz e terei a eternidade de muitas vidas que virão para que possa redimir meus atos.<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Ontem vaguei pelas ruas escuras, “ninguém” me vê ou ouve, sou aquele som da noite em sua casa, aquele som que não tem explicação, sou aquela batida, sou aquele sussurro, sou da terceira ordem, sou o imperfeito.<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Sua felicidade é o meu tormento, conservo em mim as lembranças dolorosas em vida, os fiz sofrer, e por isso sofro, não tenho descanso, ainda estou ligado a matéria, sou o batedor e o perturbador, sou da sexta classe.<br />
</div>Jeferson Luiz Sobolewskihttp://www.blogger.com/profile/07641442716880841017noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4733569941190590507.post-79013779598593902792009-05-06T11:05:00.036-07:002022-11-05T12:02:58.530-07:00ÁGUAS FRIAS<p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Já passava das 23h30min da noite de quinta-feira, e eu estava sentado em um banco sob uma grande mangueira cuja sombra encobria minha atenção sobre a brincadeira. <br /><span> </span>Meninos e meninas a beira do cais saltavam para dentro do grande Araguaia, as águas turbulentas não intimidavam os que nela mergulhavam seus corpos. <br /><span> </span>A pouco mais de cem metros do local de banho, um velho e abandonado <br />cemitério mostrava sua silhueta entre a luz da lua.<span> </span> </span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Já havia ouvido relatos dos moradores do local, sobre coisas estranhas que há anos vinham ocorrendo, mas todas até o momento, insolúveis e sem explicação. <br /><span> </span> </span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Quando um quarteto de meninos preparava-se para o próximo salto, <br />observei distante do cemitério que fazia costas para o rio, uma vaga luz cinza movimentando-se vagarosamente sob as águas do Araguaia, <br />como se observando o movimento que ocorria ali perto.</span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Eis que os meninos um após ou outro saltam para dentro do rio, e como num piscar de olhos a luz cinza se desloca até o ponto onde os meninos saltaram.</span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Um após outro até o um terceiro menino voltam ilesos das águas<br />subindo as escadas do cais para um próximo salto, foi quando se deram <br />conta de que um deles não havia retornado do salto, enquanto todos <br />voltavam suas atenções para o local do salto, desviei meu olhar para <br />um pouco mais além, momento esse em que novamente avisto a luz cinza, <br />agora um pouco mais enegrecida, e por mais que eu não ousasse crer no <br />que estava vendo, via um braço com os dedos entreabertos como num <br />pedido de socorro sendo levado para luz da lua que iluminava o cemitério.</span></p><p><span style="font-family: courier;"><br /><span> </span>Enquanto a população se aglomerava tentando obter qualquer resquício de informação, dois dos meninos que saltaram se afastam ficando entre aglomerado de ribeirinhos, o que me possibilitou ouvir parte da conversa: <br />- Assim que saltei avistei algo estranho, uma luz se deslocando sob a água, como se estivesse vindo em nossa direção, e no mesmo instante senti meus pés chocando-se com o que me pareceu ser o pescoço do menino que saltara antes.<br />- Você o matou?<br />- Não sei ao certo, não tive culpa!<br />- Ninguém viu e somente nós sabemos deste fato.</span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Não notaram eles que estava eu a poucos metros ouvindo tudo o que eles comentavam.</span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Fiquei atônito com o que ouvi. Enquanto o tumulto aumentava chega o corpo de bombeiros para auxiliar na busca do corpo, busca essa que eu sabia que seria vã.<br /><span> </span>Semanas antes, em uma de minhas caminhadas pela cidade e sem saber o que ocorreria na semana seguinte, resolvi tomar outro rumo para a caminhada, segui em direção ao velho cemitério abandonado quase que tomando pelo mato e a areia que desce das dunas vagarosamente cemitério adentro.<br /><span> </span>Curioso por conhecer o bucólico local e saber quem e há quanto tempo jazia no mesmo, adentrei no cemitério, esgueirando-me entre o capim alto e secodo local.</span></p><p><span style="font-family: courier;"><span> </span>Frondoso e acolhedor, um enorme pequizeiro fazia o agrado da sombra <br />aos que a seus pés jaziam, notei então a terra fofa e elevada próximo ao túmulo feito de tijolos de barro batido e que já se desfragmentavam juntando-se assim a terra do local.<br /><span> </span>Andei por mais alguns minutos observando os detalhes e o esquecimento total (Quem me dera poder virar pó, pois o pó não apodrece, o pó se mistura)...</span></p><p><span style="font-family: courier;"><br />Continua...<br /><br /></span></p>Jeferson Luiz Sobolewskihttp://www.blogger.com/profile/07641442716880841017noreply@blogger.com0