Hoje a lua está cheia, as cores ao seu redor são ofuscadas por algumas nuvens a sua frente, a noite ainda está tranqüila e a mata que circunda a cidade continua imersa no silêncio.
Já são 22h00min, o silêncio da mata agora abraça a cidade, não é necessário sirene e nem outro tipo qualquer de toque de recolher, portas e janelas trancadas, ninguém nas ruas.
23h43min, uma neblina incomum para a região e época cobre a cidade, observo tudo em silêncio do alto da minha casa.
23h50min, meus membros estão doloridos, meus sentidos se aguçam, perco a consciência...
Não sei mais que horas são não sei como vim parar aqui...
Preciso me recompor, esgueirando-me pelas ruas escuras retorno para casa, estou sem as chaves...
Entro pelo telhado, vou para o banheiro, retiro o sangue que há em mim...
Seco meu corpo, trato dos ferimentos, deito-me sem saber o dia de amanhã, sem saber se haverá outra, ou se serei eu a próxima vitima.
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