domingo, 28 de fevereiro de 2010

Hoje

Hoje a lua está cheia, as cores ao seu redor são ofuscadas por algumas nuvens a sua frente, a noite ainda está tranqüila e a mata que circunda a cidade continua imersa no silêncio.


Já são 22h00min, o silêncio da mata agora abraça a cidade, não é necessário sirene e nem outro tipo qualquer de toque de recolher, portas e janelas trancadas, ninguém nas ruas.

23h43min, uma neblina incomum para a região e época cobre a cidade, observo tudo em silêncio do alto da minha casa.

23h50min, meus membros estão doloridos, meus sentidos se aguçam, perco a consciência...

Não sei mais que horas são não sei como vim parar aqui...

Preciso me recompor, esgueirando-me pelas ruas escuras retorno para casa, estou sem as chaves...

Entro pelo telhado, vou para o banheiro, retiro o sangue que há em mim...

Seco meu corpo, trato dos ferimentos, deito-me sem saber o dia de amanhã, sem saber se haverá outra, ou se serei eu a próxima vitima.